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Nutrientes associados aos principais distúrbios intestinais: Conheça
Leda Guimarães • out. 05, 2022
NUTRIENTES ASSOCIADOS AO PRINCIPAIS DISTÚRBIOS INTESTINAIS – CONHEÇA
Padrões alimentares inadequados são associados com muitos sintomas digestivos e gastrointestinais, que podem ser agravados por deficiências ou excessos de alguns nutrientes.
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS
- Hipocloridria (redução na produção de ácido clorídrico ocasionando azia, refluxo, mau hálito, constipação, alergias alimentares...)
- Dispepsia (má digestão ou indigestão ocasionando dor abdominal, queimação, flatulência, náuseas e distensão abdominal)
- Gastrite e Ulceração
- Distensão abdominal (estufamento)
- Constipação
- Diarréia
- Flatulência (eliminação de gases)
- Náuseas e vômitos
- Disfagia (dificuldade em engolir os alimentos)
- Halitose (mau hálito)
- Xerostomia (boca seca)
NUTRIENTES PARA O INTESTINO
- Ômega-3
Consumir EPA e DHA através da ingestão regular de peixes de água salgada (sardinha, salmão selvagem, atum...) ou através de suplementação.
A suplementação com ômega-3 aumenta a expressão da fosfatase alcalina no intestino, modulando, positivamente, a microbiota intestinal, resultando em menores concentrações de LPS (lipopolisscarídeos) e citocinas inflamatórias, diminuição da permeabilidade intestinal e melhora no perfil de cepas relacionadas ao equilíbrio metabólico.
- Fibras dietéticas
Dietas ricas em firas vêm sendo associadas à menor incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer e obesidade. Fibras são grandes moduladores do microbioma humano, aumentam a concentração AGCC (ácidos graxos de cadeia curta), considerados atualmente como integradores metabólicos nutrindo células intestinais e auxiliando no controle glicêmico, da pressão arterial e do perfil lipídico.
- Polifenóis
Compostos bioativos encontrados em hortaliças, frutas, sementes, ervas e cereais, chás, vinho e café.
Diversos compostos fenólicos (flavonóides, cianidinas, resveratrol...) apresentam atividade bactericida, bacteriostática e fungicida, reduzem marcadores inflamatórios e LPS e melhoram o perfil de cepas da microbiota intestinal. Exemplos de ervas que modulam, positivamente, a microbiota: berberina, ginseng, gengibre e astragalus.
- Fibras prebióticas
Carboidratos fermentáveis não digeríveis como: FOS (frutooligossacarídeos), inulina e oligofrutose modulam microbiota intestinal, aumentando a concentração de cepas benéficas, diminuindo inflamação e permeabilidade intestinal, e melhorando equilíbrio metabólico.
Exemplos de alimentos rico em fibras prebióticas: chicória, alho poró, banana, gérmen de trigo, cebola, alho... Além de fontes alimentares também podem ser suplementadas.
- Vitamina A
Essencial para a função imune, desenvolvimento de imunotolerância intestinal e integridade intestinal.
- Zinco
Mineral necessário para o funcionamento de mais de 300 enzimas e proteínas com funções diversas, incluindo integridade intestinal, diminuição de permeabilidade e melhora da resposta imunológica.
- Glutamina
Aminoácido importante para o enterócitos (células do intestino), com funções incluindo manutenção da barreira intestinal e regulação de resposta ao estresse oxidativo e inflamação.
Baixos níveis de glutamina estão associados à atrofia de vilosidades intestinais, diminuição da força de tight junctions (junções de fechamento na barreira de mucosa) e aumento da permeabilidade intestinal.
- Vitamina D
Com ampla gama de atividades biológicas, níveis mais altos de vitamina D estão associados com melhora da qualidade de vida e a sua deficiência vem sendo associada a doenças inflamatórias intestinais e síndrome do intestino irritável.
Possui papel crucial na modulação da inflamação na mucosa intestinal, diminuindo danos à mucosa, permeabilidade e citocinas inflamatórias, aumentando atividade antimicrobiana e modulando resposta imunológica.
- Probióticos
Os probióticos interferem diretamente na barreira intestinal, podem interferir na permeabilidade intestinal, reduzir alterações nas tight junctions e aumentar a produção e liberação de IgA (anticorpos).
Alterações na composição e função da microbiota intestinal estão associadas tanto a doenças gastrointestinais, síndrome do intestino irritável, doença de Cron, retocolite ulcerativa, quanto com obesidade, diabetes tipo 2, oenças cardiovasculares, síndrome metabólica, entre outras.
A suplementação com probióticos específicos é mais uma estratégia nutricional para melhora de sintomas de diferentes doenças e desordens metabólicas.
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BAPTISTELLA, AB et al. Nutrição Funcional: Nutrientes aplicados à prática clínica. VP Editora, 2018.
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